



Os vazamentos de credenciais corporativas alcançaram proporções alarmantes. Em outubro de 2025, um mega vazamento expôs mais de 180 milhões de senhas e e-mails do Gmail, segundo levantamento do O Globo.
Poucas semanas antes, a Exame noticiou o maior incidente já registrado, com 16 bilhões de senhas comprometidas em escala global e o Brasil figurando entre os países mais afetados.
Os números ilustram um cenário em que o cibercrime evolui de forma industrializada. Senhas, logins e dados de acesso tornaram-se moedas valiosas em fóruns e marketplaces clandestinos da dark e deep web.
Frente a esse contexto, cresce a necessidade de proteção digital preventiva, capaz de atuar antes que o ataque aconteça. É nesse ponto que o Digital Risk Protection Services (DRPS) ganha relevância: uma tecnologia voltada ao monitoramento proativo de fontes abertas, redes sociais e da própria dark e deep web em busca de credenciais expostas. Siga a leitura para saber mais!
O DRPS é um conjunto de serviços de proteção contra riscos digitais que monitora continuamente o ecossistema online de uma empresa. Seu papel é identificar sinais de vazamentos, fraudes ou tentativas de exploração antes que atinjam o ambiente interno.
Na prática, ele rastreia fóruns, marketplaces e repositórios clandestinos na dark e deep web, cruzando informações com bases de dados corporativas para detectar credenciais associadas a domínios da organização. Quando uma exposição é identificada, o sistema aciona alertas imediatos e prioriza os riscos de maior impacto.
Esse processo permite que as equipes de segurança atuem de forma rápida, revoguem acessos comprometidos e implementem medidas de mitigação antes que as informações vazadas sejam exploradas.
As credenciais digitais, formadas por combinações de usuário e senha usadas para acessar sistemas, plataformas e contas corporativas, tornaram-se um dos alvos mais valiosos do cibercrime.
Quando essas informações são obtidas de forma ilícita, passam a ser chamadas de credenciais expostas e podem abrir caminho para invasões silenciosas, roubo de dados e fraudes financeiras.
Esses vazamentos ocorrem, em grande parte, por meio de ataques de phishing, quando o usuário é induzido a fornecer seus dados de login em páginas falsas, acreditando estar acessando um serviço legítimo.
Outra forma recorrente é o comprometimento de empresas terceiras: provedores, parceiros ou serviços de nuvem, que armazenam informações sensíveis e acabam sendo invadidos, expondo credenciais de milhares de usuários simultaneamente.
Com posse dessas chaves digitais, criminosos conseguem infiltrar-se em redes internas, sistemas corporativos e até contas privilegiadas de administradores. O impacto é duplo: prejuízo financeiro direto e dano reputacional.
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O processo de varredura realizado por um sistema de Digital Risk Protection Services é amplo e contínuo. Ele monitora fontes abertas, redes sociais, fóruns clandestinos e marketplaces da dark e deep web em busca de indícios de credenciais corporativas comprometidas.
A tecnologia vasculha bases de dados expostas e combinações de informações que possam estar associadas a domínios empresariais, como e-mails corporativos, padrões de senha e identificadores únicos.
A partir dessa coleta, o DRPS aplica técnicas de inteligência artificial e análise semântica para correlacionar os dados encontrados e identificar possíveis ameaças reais.
O sistema é capaz de reconhecer quando uma credencial está vinculada a um ambiente corporativo específico, mesmo que os dados apareçam de forma fragmentada ou codificada.
Quando o sistema detecta um risco relevante, ele emite alertas automáticos para o Centro de Operações de Segurança (SOC), permitindo uma resposta imediata.
A adoção de soluções de Digital Risk Protection Services se tornou um diferencial estratégico para empresas que buscam antecipar ameaças e fortalecer suas defesas. A seguir, os principais benefícios proporcionados pelo DRPS no contexto da segurança cibernética corporativa:
Com alertas em tempo real e integração direta com o SOC, o DRPS permite identificar e neutralizar incidentes logo nos estágios iniciais. Essa agilidade reduz significativamente o impacto operacional e financeiro dos ataques, evitando paralisações e perdas de dados sensíveis.
Ao impedir que credenciais comprometidas sejam utilizadas para invasões ou fraudes, o DRPS ajuda a mitigar danos financeiros e a proteger a imagem da marca. A prevenção é, nesse caso, um investimento que evita custos elevados com recuperação, multas e reconstrução de confiança.
O monitoramento contínuo de vazamentos e o controle de credenciais expostas contribuem diretamente para o cumprimento de normas como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O DRPS reforça a postura de responsabilidade digital da empresa, demonstrando comprometimento com a privacidade e a integridade das informações.
Empresas que demonstram maturidade em segurança cibernética conquistam a confiança de seus públicos. O uso do DRPS sinaliza uma postura proativa na proteção de dados, fortalecendo relações comerciais e parcerias estratégicas. Essa confiança se traduz em vantagem competitiva e estabilidade de longo prazo.
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Implementar um Digital Risk Protection Service exige planejamento, governança e coordenação entre áreas. A jornada começa por entender o nível atual de exposição e termina com rotinas consolidadas de detecção e resposta. Abaixo está um passo a passo prático, pensado para alinhar tecnologia, processos e pessoas.
O primeiro passo é um diagnóstico claro da postura de segurança. Auditar políticas, controles de acesso, práticas de gestão de identidade e histórico de incidentes permite quantificar a exposição e priorizar os pontos críticos.
Esse mapeamento deve envolver segurança da informação, compliance, TI e áreas de negócio para que o risco seja avaliado sob múltiplas lentes.
A avaliação gera um roadmap de prioridades que orienta investimento e escopo do projeto DRPS. Ela também define métricas iniciais de sucesso, como tempo médio de detecção e número de credenciais expostas identificadas por período.
Ações práticas:
Antes de começar a varredura externa, é preciso saber o que proteger. Liste todos os ativos digitais relevantes: domínios e subdomínios, contas corporativas em provedores e redes sociais, sistemas de terceiros e fornecedores com acesso privilegiado. Esse inventário alimenta o DRPS e evita falsos positivos.
O mapeamento deve ser dinâmico, porque novos ativos surgem com frequência. Inclua no inventário responsáveis por cada ativo e níveis de criticidade para priorização automática pelo DRPS.
Ações práticas:
Escolhida a ferramenta DRPS, a etapa seguinte é a integração técnica e operacional. O DRPS deve alimentar o SIEM e o SOC com eventos e alertas estruturados, permitindo correlação com logs internos e workflows de triagem. A integração também possibilita automatizar ações de contenção, como revogação de credenciais ou bloqueio de IPs.
Na seleção, avalie cobertura de fontes, capacidade de correlação semântica, qualidade de alertas e opções de integração via API. Testes piloto ajudam a ajustar regras de priorização e reduzir ruído.
Ações práticas:
Ter um DRPS sem processos é desperdício. Formalize procedimentos para triagem, comunicação interna, escalonamento e remediação. Determine responsáveis por ações imediatas, responsabilidades jurídicas e roteiro de comunicação externa em caso de incidente. Inclua o jurídico e o marketing para gerenciar riscos reputacionais.
A governança também exige revisão periódica das regras do DRPS, treinamentos para o time do SOC e exercícios de simulação. O ciclo contínuo de detecção, resposta e aprendizado transforma a solução em vantagem estratégica.
Ações práticas:
Implementação não é conclusão. Monitore KPIs definidos no início, como tempo entre detecção e revogação, volume de credenciais identificadas e redução de incidentes baseados em abuso de credenciais. Use esses dados para ajustar prioridade de ativos, regras de correlação e investimentos em controles complementares, como MFA e gestão de identidade.
A maturidade cresce com ciclos rápidos de feedback: cada alerta tratado deve alimentar lições aprendidas que aperfeiçoam a triagem e reduzem o risco residual.
Ações práticas:
Os serviços de proteção contra riscos digitais da Selbetti Cybersecurity Solutions atuam de forma proativa para identificar, monitorar e mitigar ameaças que possam comprometer informações corporativas na superfície, deep e dark web.
O sistema combina tecnologia avançada, inteligência artificial e análise humana especializada para detectar indícios de vazamentos, menções indevidas à marca ou exposição de dados sensíveis.
Quando uma ameaça é identificada, o SOC da Selbetti é imediatamente acionado para avaliar o impacto, definir a gravidade e executar as ações corretivas necessárias.
Esse modelo de atuação contínua e integrada garante uma resposta mais ágil a incidentes, reduzindo riscos financeiros, reputacionais e operacionais para as empresas.
O SOC da Selbetti é estruturado em três pacotes principais: Foundation, Strategy e Complete. Cada um deles foi pensado para atender diferentes níveis de maturidade em segurança, desde o monitoramento básico até operações avançadas de resposta a incidentes.
O pacote Foundation cobre o essencial, com monitoramento 24×7 e análise de vulnerabilidades, garantindo a visibilidade inicial sobre riscos e incidentes.
O pacote Strategy amplia essa base, incorporando serviços de conscientização de segurança, campanhas de phishing, exercícios de tabletop e planos de resposta a incidentes, voltados a empresas que já possuem uma estrutura de segurança mais consolidada e buscam evoluir seus processos.
Já o pacote Complete oferece a proteção mais abrangente, incluindo todas as funcionalidades anteriores e recursos adicionais, como forense digital, DRPS e exercícios de Red Team. É a opção ideal para organizações que exigem um alto nível de controle, resposta e antecipação a ameaças.
Quer entender qual pacote faz mais sentido para o seu negócio? Acesse a página do Security Operation Office – SOC da Selbetti e escolha o plano que mais se adequa às necessidades da sua empresa!
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