

Em 2006, o mundo assistiu ao marco inaugural da cloud computing moderna, quando ficou claro que, a partir dali, serviços em nuvem seriam disponibilizados para a armazenagem, processamento e distribuição de dados em escala global.
Desde então, houve uma grande onda de migração de infraestruturas físicas para cloud. Estimando-se que, até o fim de 2025, 85% das empresas estarão utilizando serviços de computação em nuvem.
Os motivos que levaram muitos a abraçar essa mudança? Eficiência operacional, escalabilidade e, principalmente, proteção de dados.
A cloud, sendo estrategicamente projetada, concentra em sua infraestrutura recursos e funcionalidades robustas de segurança que fazem com que o uso, manuseio e a manutenção das informações sejam mais protegidos.
A nuvem é um ambiente virtualizado que foi concebido com foco em resiliência, proteção e controle de acessos. Seu ecossistema é composto exclusivamente de tecnologias otimizadas e integradas, que fazem com que o ambiente seja naturalmente mais seguro do que ambientes locais e descentralizados.
No que envolve segurança, por exemplo, o modo como a nuvem reforça a proteção de dados é classificado da seguinte forma:
Primeiro, por meio da criptografia ponta a ponta, que garante que apenas usuários autorizados tenham acesso às informações. Depois, através do controle granular de permissões, no qual cada usuário tem acesso somente ao que é relevante à sua função.
Além disso, há a presença de ferramentas de monitoramento em tempo real, backups automáticos, e firewalls inteligentes baseados em comportamento, capazes de detectar e isolar ameaças antes que causem danos reais.
Segundo dados da Gartner, os investimentos globais em segurança da informação devem ultrapassar US$ 212 bilhões em 2025. Dentro desse cenário, a nuvem vem ganhando protagonismo: o mercado de soluções como CASB (Cloud Access Security Broker) e CWPP (Cloud Workload Protection Platform) está estimado em US$ 8,7 bilhões neste ano.
Quando falamos em motivos para migrar para um ambiente online – que costuma ser palco para muitos criminosos –, ocorre de as empresas questionarem:
“Como um ambiente digital é capaz de gerar essa segurança? Os dados, que estão alocados em nuvem, não estão mais propensos a ataques?”
Essa ideia faz sentido quando olhamos em um contexto superficial. Mas o fato é que, a única forma de combater ameaças digitais crescentes, é a resposta digital equivalente. Ou seja, a estrutura que a empresa possui para monitorar, prevenir e reagir em tempo hábil – e veja bem, a cloud entrega isso.
Evidentemente, só migrar para a nuvem não é a resposta quando o assunto envolve proteção de dados empresariais. Muito mais do que só realocar informações à infraestrutura, é preciso implementar políticas, treinar equipes e configurar protocolos para que a segurança atue de ponta a ponta.
Um dos principais diferenciais que tornam a cloud computing o destino para proteção de dados, no entanto, não está apenas em segurança ativa contra ameaças. E sim, na acessibilidade segura das informações.
Plataformas em nuvem permitem o acesso instantâneo aos dados, sem que usuários precisem necessariamente entrar em redes locais ou, então, depender de dispositivos físicos específicos.
“E o que isso tem a ver com segurança?”, você questiona.
Absolutamente tudo… A acessibilidade garante que as informações estejam sempre disponíveis de forma controlada, o que significa menos cópias descentralizadas, menos exposição a vazamentos e resposta rápida a qualquer incidente.
Além disso, ambientes em nuvem possuem redundância geográfica – ou seja, mesmo que um servidor falhe, os dados continuam acessíveis de outro ponto, sem perda nem interrupção.
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Poderíamos encerrar esse texto dizendo que a cloud computing é importante para proteger dados apenas por ter recursos avançados e monitoramento contínuo, mas o assunto é tão amplo que vale mencionar outro ponto: conformidade e regulamentação.
Desde que o mundo digital se expandiu para todos os setores da economia, vimos muitas regulamentações, leis e diretrizes internacionais surgirem para proteger o uso e o tratamento dos dados. É o caso da LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados (Brasil), da GDPR (Europa) e da CCPA (EUA), que exigem o cumprimento rigoroso de requisitos técnicos e organizacionais.
Mesmo as empresas que não estão na nuvem, hoje, precisam estar em conformidade com essas normas, pois grande parte de seus processos, transações e comunicações é realizada online.
A questão é que, estar em conformidade exige muitos recursos e atualizações constantes. Não basta só conhecer a lei e pronto. É preciso registrar e manusear dados corretamente, garantindo acesso controlado, e mantendo trilhas de auditoria sobre as informações – e novamente a cloud computing proporciona isso.
Ambientes em nuvem são desenvolvidos em cima do que há de melhor em infraestrutura compliance. Eles já são nativamente preparados, respeitando as conformidades, regulamentações e diretrizes que ditam como, quando e onde os dados podem ser armazenados e utilizados.
O primeiro passo para iniciar a jornada está em avaliar a maturidade digital da empresa, mas, mais importante que isso, determinar o que será migrado estrategicamente para esse tipo de ambiente.
Empresas lidam com um alto volume de informações diariamente – e isso se estende para processos, pessoas e funções. Nesse caso, é preciso planejar cada etapa para garantir que os dados, principalmente os sensíveis, sejam protegidos desde a origem até o destino.
Além disso, deve-se também realizar uma boa gestão de nuvem e selecionar fornecedores especializados em cloud que respeitam diretrizes como conformidade, regulamentações, resiliência operacional e, acima de tudo, suporte técnico.
Recentemente, ampliamos nosso portfólio com a aquisição da Eiti, empresa especializada em soluções de cloud computing que agora faz parte da nossa BU de IT Solutions. Com isso, reforçamos nossa atuação em áreas como gestão de ambientes multicloud, projetos de migração para a nuvem, FinOps e governança de TI.
Além disso, contamos com a Selbetti Business Consulting, uma unidade de negócio estratégica que atua desde o diagnóstico de maturidade tecnológica até o desenho da arquitetura em nuvem mais adequada ao negócio. Tudo isso com uma abordagem consultiva, que conecta estratégia, processos e tecnologia de forma integrada e personalizada.
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