Arquitetura de segurança da informação: o que é e qual sua importância

Arquitetura de segurança da informação: o que é e qual sua importância?

Já ouviu falar em arquitetura de segurança da informação? Esse “esqueleto” de diretrizes é responsável por estruturar controles de proteção de dados e garantir que a segurança da informação esteja integrada a todos os processos!

Segurança da informação é um dos temas mais urgentes da atualidade e deixou de ser um tópico tratado apenas pelo pessoal de TI para mobilizar todos os colaboradores, líderes, gestores e diretoria. O motivo? Impedir que impactos financeiros, operacionais e reputacionais prejudiquem os negócios.

Desde que vários cases envolvendo vazamentos de informações começaram a ser divulgados em veículos de mídia e redes sociais, diferentes tipos de práticas começaram a ser implementadas para reforçar sua proteção de dados. Definir uma arquitetura de segurança da informação é uma delas. 

O que é arquitetura de segurança da informação e como ela funciona

Arquitetura de segurança da informação é uma estrutura composta por diferentes diretrizes políticas, processuais e tecnológicas voltadas para proteger informações. O objetivo é garantir que todos os ativos de dados permaneçam íntegros, disponíveis e, principalmente, confidenciais.

A prática funciona mais ou menos como um esqueleto de decisões. Os líderes responsáveis pela segurança devem reunir-se e estabelecer:

  • Quais serão as normas de acesso;
  • Como serão definidos os níveis de privilégio dos usuários;
  • Quais tecnologias serão usadas para proteger os dados;
  • Como será feita a resposta a incidentes;
  • Como deverá funcionar o monitoramento de ameaças; 
  • E como será realizada a gestão de documentos.

Qual a importância da arquitetura de segurança da informação?

Serasa, Netshoes, Apple, Meta, Banco Inter, McDonalds… O que essas marcas têm em comum? Além de serem mundialmente conhecidas, todas já tiveram seus ambientes violados de alguma forma, e precisaram correr contra o tempo para reaver seus procedimentos de segurança.

Quando olhamos de uma perspectiva mais distante, pode até parecer que empresas menores não estarão na mira de ataques cibernéticos, certo? Mas pesquisadores e estudiosos já provaram que não é bem assim que a coisa funciona…

Segundo dados do relatório Trend Micro, o mundo teve cerca de 161 bilhões de ameaças bloqueadas em 2023, 10% a mais do que em 2022. E de acordo com pesquisadores do Check Point, só aqui dentro do Brasil os ataques cibernéticos cresceram 67% no 2.º trimestre de 2024. 

Embora esses números sejam apenas dois indicadores, já podemos ver o quanto o volume de ameaças está escalando e, claro, o quanto as empresas devem agir para não se tornarem um alvo.

O que é segurança da informação?
É um conjunto de práticas, políticas e tecnologias que priorizamos para proteger nossos dados contra acessos não autorizados, alterações indevidas ou, então, perdas.

O que torna uma arquitetura de segurança da informação robusta?

A estrutura de arquitetura de segurança da informação é fundamentada em cima de pilares: confidencialidade, integridade, disponibilidade, autenticidade e conformidade.

Resumidamente significa que, para que a sua empresa tenha uma arquitetura forte dentro do seu ambiente corporativo, será necessário que o seu time de segurança se reúna e elabore um “esqueleto” que respeite exatamente essas diretrizes.

  • Confidencialidade: para assegurar que apenas pessoas autorizadas tenham acesso a determinados dados;
  • Integridade: para garantir que a informação não seja alterada de forma indevida, acidental ou maliciosa;
  • Disponibilidade: para certificar que os dados estejam acessíveis sempre que necessário;
  • Autenticidade: para confirmar a identidade dos usuários e a origem das informações;
  • Conformidade: para assegurar que os processos estejam de acordo com legislações como LGPD, GDPR ou outras normas internas. 

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Práticas para prevenir ataques e reduzir riscos

Além de estruturar uma arquitetura que respeite os pilares acima, será preciso que todos os colaboradores, gestores e demais stakeholders estejam envolvidos em tornar as ideias — inicialmente definidas no plano — reais. Ou seja, seguir à risca o que foi definido para proteger as informações. 

Como sabemos, cada empresa possui sua própria estrutura operacional e nível de maturidade em segurança, e certamente é o que vai direcionar muitas de suas prioridades no plano. Porém, abaixo, tomamos a liberdade de separar algumas iniciativas altamente necessárias para qualquer tipo de empresa.

1- Manter um inventário de ativos completo e atualizado  

Ter um inventário completo dos ativos (servidores, estações de trabalho, sistemas, endpoints, dispositivos móveis, aplicações, etc.), permite que a empresa tenha total visibilidade sobre o seu ecossistema tecnológico. 

Esse mapeamento torna mais fácil a identificação de vulnerabilidades, aplicação de atualizações e garantia de que nada importante fique de fora das políticas de segurança.

2- Realizar treinamentos 

Todas as equipes precisam compreender práticas básicas, como criação de senhas fortes, e também como agir diante de e-mails suspeitos ou tentativas de phishing. Além disso, é importante que esse conhecimento seja atualizado de tempo em tempo já que as ameaças também evoluem. 

O uso de engenharia social com tecnologia de I.A (deepfake), por exemplo, é uma dessas ameaças. Ela pode ser aplicada por cibercriminosos para imitar a aparência ou a voz de diretores, e assim, realizar ou facilitar fraudes.

3- Implementar controle de acesso baseado em níveis

Nem todo colaborador precisa acessar todos os sistemas ou documentos da empresa, não é? Portanto, é necessário também definir todas as permissões por função para reduzir a superfície de ataque e evitar vazamentos acidentais.

4- Autenticação Multifator (MFA) 

A autenticação multifator adiciona uma camada extra de proteção ao exigir mais de uma forma de verificação para liberar o acesso a sistemas ou informações sensíveis. 

Normalmente, ela combina algo que o usuário sabe (como uma senha) com algo que ele possui junto (como um token ou celular) ou algo que ele “é” (como biometria). 

5- Adotar soluções de EDR (Endpoint Detection and Response)

O EDR monitora cada dispositivo conectado na rede em busca de comportamentos fora do comum. Diferente do antivírus tradicional, ele oferece uma visão mais detalhada do que está acontecendo, analisa padrões suspeitos e ainda pode agir automaticamente para conter ameaças.

6- Gestão de vulnerabilidades com priorização inteligente

Nem toda vulnerabilidade representa o mesmo nível de risco. Por isso, também é importante fazer uma análise criteriosa e priorizar as correções com base na criticidade dos sistemas afetados, grau de exposição e complexidade da exploração. Aqui, ferramentas modernas de gestão de vulnerabilidades podem ajudar.

7 – Implementar Firewall NGFW (Next-Generation Firewall)

O firewall de nova geração (NGFW) consegue inspecionar o tráfego com muito mais profundidade do que os firewalls tradicionais. Isso ocorre porque analisa o que acontece dentro das aplicações, detecta malwares em tempo real e aplica regras específicas para diferentes usuários e dispositivos.

8- Backup resiliente

Ter cópias de segurança é importante, mas mais importante que isso é assegurar que esses backups estão protegidos contra alterações maliciosas e que eles possam ser restaurados rapidamente em caso de falha. 

Um backup realmente resiliente é aquele que passa por testes frequentes, fica armazenado em ambientes seguros e, preferencialmente, é mantido isolado do restante da infraestrutura. 

9- Criptografia

A criptografia é outro mecanismo de segurança que pode ser aplicado para garantir a confidencialidade das informações. Ele transforma dados em códigos ilegíveis, o que significa que, mesmo que alguém intercepte essas informações, a pessoa não vai conseguir fazer nada com elas sem a chave correta de acesso.

Fora essas iniciativas, também recomendamos outra conduta para a empresa assegurar uma arquitetura de segurança de informação robusta: contar com um parceiro estratégico em tecnologia. Esse time será responsável por dar suporte sempre que necessário e oferecer soluções que realmente façam sentido para blindar a proteção de dados.

A Selbetti é a maior integradora de tecnologia do Brasil e possui um portfólio completo de soluções voltadas para escalar e proteger o seu negócio. Se quiser melhorar sua segurança de informação, conheça mais sobre as nossas soluções.

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