

O que é disaster recovery? Saiba o que você precisa saber para se proteger
A cada ano, os riscos digitais se tornam mais sofisticados – e caros. Segundo a Dell Technologies, 59% das empresas brasileiras sofreram algum tipo de incidente cibernético em 2023. E um estudo da PwC de 2025 aponta um cenário ainda mais preocupante: um terço das empresas no país registrou perdas de pelo menos R$ 1 milhão causadas por esses ataques nos últimos três anos.
Mas, ainda assim, mesmo com números tão assustadores, não estamos vendo as empresas preocupadas em aplicar um plano de disaster recovery.
Por quê? A resposta pode estar na falta de conhecimento sobre o assunto.
O que é disaster recovery e por que sua empresa precisa dele?
Disaster recovery é um termo em inglês que significa “recuperação de desastres”, e está associado a práticas de planejamento, prevenção e resposta para uma empresa restaurar ou recuperar seus sistemas e dados críticos após ter sido vítima de desastres naturais, ataques cibernéticos ou falhas de hardware.
Como atualmente toda empresa possui um ecossistema tecnológico em uso, com infraestruturas digitais e grandes volumes de dados em trânsito e em armazenamento, é muito importante que ela tenha um plano de disaster recovery para assegurar que seus sistemas e dados estarão protegidos contra interrupções inesperadas, extravios de informações e paralisações operacionais.
Principais ameaças que podem comprometer seus dados e sistemas
O ecossistema tecnológico da empresa é exposto a uma ampla variedade de ameaças e eventos potencialmente catastróficos diariamente.
Muitos acreditam que desastres naturais e ataques externos visíveis, como enchentes e ataques DDoS, estão entre os riscos mais sérios nesse contexto digital. Porém, as ameaças internas e silenciosas — aquelas que geralmente não visualizamos — costumam ser ainda mais perigosas e difíceis de detectar a tempo.
Ataques de ransomware
Ransomware é um tipo de malware que, ao infectar um sistema, criptografa todos os dados da empresa e exige um resgate para liberar o acesso novamente. Esses ataques vêm crescendo nos últimos anos justamente por atingirem em cheio o coração do negócio: a informação.
Uma vez criptografados, os dados ficam completamente inacessíveis e, sem um disaster recovery plan bem estruturado, os danos podem ser irreversíveis.
Falhas de hardware
Embora pareça um risco antigo, a falha física de equipamentos ainda é um dos maiores responsáveis por perdas de dados e indisponibilidade de sistemas. Servidores, HDs, switches e storages podem apresentar defeitos inesperados, comprometendo aplicações inteiras em questão de segundos.
Erro humano
Simples cliques errados ou comandos executados sem atenção são capazes de derrubar sistemas inteiros ou deletar arquivos importantes. Aqui a realidade é uma só: por mais tecnologia que a empresa tenha, o fator humano ainda está presente em todos os processos – e é justamente aí que mora um grande risco.
Como funciona um plano eficaz de recuperação de desastres
Para que um plano de disaster recovery realmente seja funcional e resiliente, é necessário que sua estrutura seja construída em cima de quatro pilares: prevenção, tempo de resposta, recuperação e comunicação.
O pilar um, que trata da prevenção, deve ser encarregado de antecipar riscos e preparar a infraestrutura para suportar falhas. Portanto, ações como auditorias de segurança, avaliação de vulnerabilidades e classificação de ativos críticos precisam ser realizadas periodicamente para que as estratégias de mitigação sejam alinhadas ao contexto real da empresa.
Já o segundo pilar, o tempo de resposta, é responsável por garantir que a organização reaja rapidamente a qualquer incidente. Iniciativas como documentação de procedimentos de emergência, definição de papéis e responsabilidades e testes de resposta simulados assegurarão que não haja confusão nem perda de tempo diante de uma crise real.
O terceiro pilar, que é o plano de recuperação em si, consiste em restabelecer os sistemas e dados com a menor perda possível de informação e tempo de indisponibilidade. Assim sendo, devemos priorizar medidas como backup em nuvem, replicação de dados em tempo real e failover automático, que vão desde a infraestrutura até os serviços de software e rede.
Por último, o pilar da comunicação será decisivo para coordenar pessoas e alinhar expectativas em meio ao caos. Nesse caso, ações como criação de canais dedicados de emergência, planos de notificação interna e externa e relatórios de status contínuos garantirão que colaboradores, clientes e parceiros saibam o que está acontecendo e qual a previsão de retomada.
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Melhores práticas para garantir a continuidade do negócio
“Achei incrível essa ideia de ter um plano de recuperação de desastres, mas não faço ideia de como eu posso fazer um…”
Não se preocupe quanto a isso porque o time Selbetti separou as melhores práticas para você construir um disaster recovery plan efetivo, e, assim, garantir que o seu negócio esteja 100% preparado para o inesperado.
1- Mapeamento de ativos críticos
O primeiro passo é saber exatamente quais ativos são indispensáveis para o funcionamento da sua operação. Servidores, bancos de dados, softwares, documentos e até mesmo pessoas-chave. Faça o levantamento detalhado de tudo.
Depois, defina níveis de prioridade de recuperação para cada item e vincule esses ativos aos seus respectivos responsáveis técnicos e planos de ação.
2- Backups frequentes e automatizados
Ter backups atualizados, automáticos e testados regularmente é o ideal, até porque de nada adianta restaurar um sistema se o backup estiver corrompido ou desatualizado.
Dessa forma, implemente soluções de backup que façam cópias incrementais em tempo real e que armazenem essas cópias em múltiplos locais – como on-premise e nuvem.
3- Simulações de falhas e testes regulares
Simulações e testes controlados de falhas são a única forma de garantir que tudo está funcionando conforme planejado antes mesmo de acontecer algum imprevisto.
Portanto, realize simulações completas, de tempo em tempo, e envolva todas as áreas afetadas – além de documentar os resultados.
4- Definição clara de papéis e responsabilidades
No meio de uma crise, o tempo de reação faz toda a diferença. Ter clareza sobre quem faz o que evita retrabalho, conflitos e decisões erradas. Cada pessoa envolvida na recuperação precisa saber exatamente o que fazer.
5- Monitoramento
Monitorar continuamente seu ambiente permite detectar anomalias antes que se tornem desastres. Portanto, invista em ferramentas que ajudem a identificar comportamentos suspeitos ou falhas iminentes e garanta que o seu time de TI ou parceiro de tecnologia esteja sempre de olho em movimentações estranhas.
E por falar em parceiro de tecnologia, a Selbetti conta com soluções que englobam gestão de TI e nuvem e proteção de sistemas e dados.
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